Angola, República Democrática do Congo, Zâmbia, Tanzânia e os Estados Unidos da América (EUA) selaram, esta quarta-feira, o compromisso de tornar o Corredor do Lobito uma realidade económica em África e no mundo.
No encontro, que decorreu no Complexo Industrial do Grupo Carrinho, estiveram presentes além do anfitrião João Lourenço, os estadistas dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, da Zâmbia, Hakainde Hichilema, Vice-Presidente da Tanzania, Philip Mpango, e de parceiros do Corredor do Lobito.
Na abertura dos trabalhos, o Presidente João Lourenço recordou que a importância estratégica do Corredor do Lobito que, com o Porto do Lobito e o Caminho de Ferro de Benguela, foi na década de 70 uma das linhas férreas mais rentáveis do mundo, ao transportar 3,3 milhões de toneladas de carga por ano.
Sustentou que o Corredor do Lobito tem uma importância estratégica pelo contributo que vai prestar à dinamização do comércio intra-africano, no contexto da Zona de Livre Comércio Continental Africana e do comércio mundial.
Por isso, apelou a todos os intervenientes na concretização deste grandioso projecto, sobretudo, os países africanos directamente envolvidos, os financiadores e o consórcio empresarial que tem a concessão, "promovam as acções que se impõem para a concretização deste importante projecto, que vai impactar positivamente no transporte marítimo e ferroviário internacional, no comércio internacional, na transição e segurança energética, na segurança alimentar e, de uma forma geral, na economia mundial".
Por seu turno, Joe Biden enalteceu a importância dos investimentos no Corredor do Lobito, ressaltando o impacto positivo do projecto para diversas áreas sociais.
Presidente dos EUA prometeu, igualmente, regressar a Angola para ver funcionar efectivamente o Corredor do Lobito.
Para Félix Tshisekedi, que enalteceu a importância do projecto e a aposta em mais investimentos, sublinhou que com uma produção combinada de três milhões de toneladas por ano entre a RDC e a Zâmbia, esse projecto permitirá reduzir significativamente os custos logísticos, aumentando a receita de exportação.
Por sua vez, o Vice-Presidente da Tanzânia, Para Philip Mpango, afirmou que a implementação do Corredor do Lobito oferecerá oportunidades relevantes para o desenvolvimento continental em sectores como Agricultura, Energias Renováveis, Transformação Digital, Comércio, Logística, entre outros.
Reconheceu o apoio dos EUA para o aprimoramento da plataforma, o que reflecte a parceria estratégica e contínua com o continente africano.